
Macapá, 25/05/2018 – Na manhã desta sexta-feira, 25, a deputada federal Janete Capiberibe (PSB) visitou a Maternidade da Mãe Luzia para acompanhar o investimento da sua emenda de R$ 1.071.590,00 para comprar equipamentos novos e modernizar a casa de saúde.
O recurso é do orçamento de 2012, com projeto elaborado no governo Camilo, do PSB. Do valor total empenhado, a Secretaria de Estado da Saúde conseguiu licitar somente R$ 397.396,10, que foram suficientes para comprar sete itens dos 19 licitados.
“Fomos informados que o processo está na Comissão Permanente de Licitação para avaliação dos itens para os quais não houve empresas interessadas em vender para, em seguida, fazer outro processo licitatório. Nossa esperança é que isso ocorr a o mais rápido possível. A Maternidade está precisando”, pontua a deputada.
Na relação dos materiais já comprados estão: 30 camas hospitalares; dois cardioversores; um endoscópio rígido; 20 detectores fetais; quatro berços aquecidos; oito aparelhos para fototerapia e dez aspiradores elétricos móveis de secreções.
Pedido especial – Ao chegar na entrada da maternidade a deputada percebeu que a gravura da mãe Luzia, que antes ficava num local de destaque do hospital, agora está numa área de pouca visibilidade. Janete fez um pedido à diretora da unidade, Nayra Barbosa.
“Por gentileza, devolva a obra para o local de antes. Ele precisa ficar em destaque. As pessoas precisam conhecer a história dessa parteira e poema do poeta Álvaro da Cunha traduz exatamente quem ela foi”, pediu.
Texto: Paulo Ronaldo
Fotos: Gilmar Pureza
Gabinete da deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP)
Mãe Luzia
De Álvaro da Cunha
Velha, enrugada, cabelos d’algodão,
fim de existência atribulada, cuja
apoteose é um rol de roupa suja
e a aspereza das barras de sabão.
Mãe Luzia! Mãe Preta! Um coração
que através dos milagres de ternura
da mais rudimentar puericultura
foi o primeiro doutor da região.
Quantas vezes, à luz da lamparina,
na pobreza do catre ou da esteira,
os braços rebentando de canseira
Mãe Luzia era toda a medicina.
Na quietude humílima do rosto
sulcado de veredas tortuosas,
há um clamor profundo de desgosto
e o silêncio das vidas dolorosas.
Oh, brônzea estátua da maternidade:
ao te encontrar curvada e seminua,
vejo o folclore antigo da cidade.