
Na manhã desta quinta-feira, 8, a vigilante desempregada Cacilda Pantoja Ferreira se juntou a outros companheiros e na frente do Palácio do Setentrião deram início a campanha Natal Solitário, cujo objetivo é arrecadar, por meio de doação, alimentos para o Natal.
Ela e outros 2100 vigilantes estão desempregados desde 2016, quando o governador Waldez substituiu os vigilantes das escolas públicas do Estado por um sistema de vigilância por câmeras.
“Aguardo até hoje o pagamento dos meus direitos trabalhistas e vivo de bico para sustentar meus dois filhos”, relatou Cacilda Pantoja, única responsável pelo sustento da família.
Cacilda, diferente de muitos companheiros desempregados, tem casa própria, logo o pagamento do aluguel deixa de ser um fardo, mas por outro lado, a conta de energia elétrica dobrou esse ano.
“Me viro como posso, mas, dói mesmo, é quando chega o mês de dezembro. Sem emprego, tem dois anos que não consigo comprar roupas novas e brinquedos para meus filhos. Isso é o que me deixa mais triste”, lamentou.
A campanha de doação, que vai se concentrar em frente ao Palácio do Setentrião, se junta aos protestos que vem ocorrendo desde o início da semana. São servidores públicos, que cobram o fim o parcelamento de seus salários, bem como corretores, correspondentes bancários, donos de escritórios, todos do ramo de consignados. Todos cobram explicações do governador reeleito Waldez Góes (PDT) a respeito do destino de mais de R$ 220 milhões dos consignados que foram descontados do contracheque do servidor e não repassado aos bancos.